|   Jornal da Ordem Edição 4.323 - Editado em Porto Alegre em 20.06.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
NOTÍCIA

13.09.12  |  Dano Moral   

Vendedor que recebia ameaças de dispensa será indenizado

Revelou-se manifesta a ocorrência de afronta ao patrimônio moral do funcionário, diante do constrangimento por ele sofrido com o desapreço e o desrespeito que lhe foram dispensados no ambiente de trabalho.

Uma ex-empregadora foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais a um vendedor. É que, ao analisar as provas do processo, os julgadores da 8ª Turma do TRT3 constataram que o empregado sofria constantes cobranças e pressão psicológica, com ameaça de dispensa, por meio de e-mails desrespeitosos enviados por prepostos do empregador, dirigidos a um conjunto de trabalhadores, do qual o reclamante fazia parte. Assim, foi modificada decisão de 1º grau contrária ao pleito.

Conforme esclareceu a desembargadora Denise Alves Horta, as correspondências eletrônicas anexadas ao processo deixaram claro que a empresa extrapolou o seu poder diretivo, expondo os colaboradores à situação vexatória e humilhante. A relatora lembrou que não se está negando à ré o direito de cobrar o cumprimento de metas; no entanto, a empregadora não pode descuidar do seu dever de zelar por um ambiente de trabalho digno e saudável, em que todos se respeitem. Ao permitir que seus prepostos enviassem as sucessivas e habituais ameaças aos vendedores, a ré assumiu o risco por essa conduta, incluindo o de indenizar por dano moral o ofendido.

No caso, a julgadora entendeu configurada a ofensa. "Revelou-se manifesta a ocorrência de afronta ao patrimônio moral do laborista, diante do constrangimento por ele sofrido com o desapreço e o desrespeito que lhe foram dispensados no ambiente de trabalho, restando configurados, portanto, a culpa do empregador, o dano e o nexo de causalidade, para o fim indenizatório pretendido", aponta. Ela acrescentou que o fato de o reclamante não ter se rebelado contra os atos praticados pelos prepostos da empresa durante o contrato não altera essa conclusão, porque o trabalhador normalmente aceita essas condutas abusivas por medo de perder o emprego.

Com esses fundamentos, a relatora modificou a sentença e condenou a empresa ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 3 mil.

Processo nº: 0001425-54.2010.5.03.0147 RO

Fonte: TRT3

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

BOLETIM INFORMATIVO. CADASTRE-SE!
REDES SOCIAIS E FEED
RSS
YouTube
Flickr
Instagram
Facebook
Twitter
(51) 3287.1800
Redação JO: Rua Washington Luiz, 1110, 13º andar - Centro - CEP 90010-460 - Porto Alegre - RS   |   [email protected]
© Copyright 2024 Ordem dos Advogados do Brasil Seccional RS    |    Desenvolvido por Desize

ACESSAR A CONTA


OABRS:   *
Senha:   *
Esqueci minha senha  |  Novo cadastro