|   Jornal da Ordem Edição 4.331 - Editado em Porto Alegre em 02.07.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
NOTÍCIA

23.06.15  |  Dano Moral   

Vítima de golpe financeiro de "pirâmide" não faz jus a indenização por danos morais

A vítima, no apelo, alegou que o juiz rescindiu o contrato firmado com a empresa e condenou a requerida à restituição de valores, mas deixou de fixar um valor a título de danos morais, por entender que mera alegação de ter sido ludibriado não é suficiente para provar o abalo, o que não estaria correto.

A 4ª Câmara de Direito Civil manteve integralmente sentença que não reconheceu direito a indenização por danos morais, pleiteados por um investidor da denominada “pirâmide financeira” e rejeitou o recurso do autor. A vítima, no apelo, alegou que o juiz rescindiu o contrato firmado com a empresa e condenou a requerida à restituição de valores, mas deixou de fixar um valor a título de danos morais, por entender que mera alegação de ter sido ludibriado não é suficiente para provar o abalo, o que não estaria correto.

O autor insistiu na tese e acrescentou que não se trataria de mera nulidade contratual, que gera apenas um desgosto qualquer. Para ele, diz respeito à frustração da expectativa de transformação de uma vida, o que configuraria, com certeza, abalo único no ânimo de quem não alcança o que foi prometido.

O desembargador Mariano do Nascimento, relator do recurso, não vislumbrou "abalo anímico" no caso do autor. O magistrado ponderou que as circunstâncias fáticas que constam nos autos "não levam a crer que houve agressão à honra e à dignidade [do apelante, mas] mero dissabor que não enseja a obrigação de indenizar".

A câmara concluiu que o recorrente experimentou inúmeros transtornos desde o momento em que percebeu que o negócio firmado não lhe era vantajoso. Embora, à unanimidade, os integrantes concordassem que todos os fatos narrados tenham gerado desconforto, incômodo, o relator acrescentou: "mas repito, não com carga suficiente a ponto de ensejar o pagamento de indenização por dano moral".

(Apelação Cível n. 2012.069642-0)

Fonte: TJSC

BOLETIM INFORMATIVO. CADASTRE-SE!
REDES SOCIAIS E FEED
RSS
YouTube
Flickr
Instagram
Facebook
Twitter
(51) 3287.1800
Redação JO: Rua Washington Luiz, 1110, 13º andar - Centro - CEP 90010-460 - Porto Alegre - RS   |   [email protected]
© Copyright 2024 Ordem dos Advogados do Brasil Seccional RS    |    Desenvolvido por Desize

ACESSAR A CONTA


OABRS:   *
Senha:   *
Esqueci minha senha  |  Novo cadastro