|   Jornal da Ordem Edição 4.324 - Editado em Porto Alegre em 21.06.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

19.07.12  |  Dano Moral   

Segurado vítima de falsa acusação de fraude obtém indenização de R$ 147 mil

A empresa negou o pagamento de seguro com a alegação de que o cliente havia negociado seu veículo no Paraguai um dia antes de registrar ocorrência de furto do carro em Joinville (SC).   

Uma seguradora foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais em favor de um cliente injustamente acusado de fraude. Segundo os autos, a empresa negou o pagamento de seguro com a alegação de que o cliente havia negociado seu veículo em Ciudad del Este, no Paraguai, um dia antes de registrar ocorrência de furto do carro em Joinville (SC).

Apresentou documentação que comprova a transação de um Ford Ka, ocorrida em 31 de julho de 2002, com base em contrato de compra e venda firmado entre dois cidadãos paraguaios, com reconhecimento de firma no Colégio de Escribanos del Paraguay. Tal veículo, ainda segundo a seguradora, é o mesmo do registro de furto no Brasil em 1º de agosto daquele ano.

"Ao contrário do que busca fazer crer a seguradora (…), tal escrito não se mostra capaz de caracterizar a má-fé do segurado na comunicação do sinistro, na medida em que o veículo lá discriminado é identificado por um número de chassi, ao passo que o Ford Ka de propriedade do autor é individualizado por outro número de chassi, inexistindo qualquer indicativo de que o bem correspondente encontrava-se efetivamente no território paraguaio na data da ocorrência do sinistro", anotou o desembargador Luiz Fernando Boller, da  4ª Câmara de Direito Civil do TJSC.

O relator classificou a acusação da seguradora como "precipitada e iníqua". A câmara, em relação ao apelo da empresa, promoveu apenas adequação no valor arbitrado a título de indenização por danos morais, que passou de R$ 200 mil para R$ 20 mil, com a manutenção das demais cominações – valor da cobertura, lucros cessantes, correção monetária, juros de mora, custas processuais e honorários advocatícios. O valor da condenação, atualmente, atinge R$ 147 mil.

Apelação Cível n. 2010.003669-7

Fonte: TJSC

 

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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