Ao longo da carreira, Nara Leão, “a musa da Bossa”,  lançou 24 discos e interpretou muitas das maiores canções da música brasileira.

A Rádio da OAB/RS apresentará, ao longo desta semana, do dia 14 a 18 de dezembro, no programa “Uma Hora de Sucessos”, a cantora e compositora, Nara Leão.

A cantora, Nara Lofego Leão Diegues, nasceu em Vitória, Espírito Santo, em 19 de janeiro de 1942. Mas quando ela tinha um ano, a família se mudou para o Rio de Janeiro. Foi na década de 60, na “cidade maravilhosa, que ganhou o apelido de “a musa da Bossa”. Na época, a sua casa tornou-se uma espécie de sede do movimento. Foi cantando sambas de morro e canções engajadas que a cantora ganhou mais reconhecimento.

Em 1963 fez sua primeira apresentação como profissional, acompanhada de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, no espetáculo Pobre Menina Rica, de autoria deles. No mesmo ano, também começou a produzir o seu primeiro disco, Nara, lançado em 1964, firmando-se assim como uma das grandes vozes do país. Àquela altura, seu nome era associado a polêmicas declarações políticas a favor dos movimentos de esquerda. Chegou a se envolver intensamente na luta contra a ditadura.

Em 1966, ela venceu o II Festival de MPB da TV Record cantando a “Banda” com o autor Chico Buarque. A canção teve bastante repercução nacional, e assim a cantora passou a ser também uma intérprete de Chico.  Sua adesão ao Tropicalismo, em 1967, causou surpresa no meio musical. Nara, integrou o disco do movimento, Tropicália oU Panis et Circensis, interpretando a canção “Lindonéia”.

Ao longo da carreira, ela lançou 24 discos e interpretou muitas das maiores canções da música brasileira. A cantora deu voz a compositores como Tom Jobim, Newton Mendonça, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Carlos Lyra, Johnny Alf e Baden Powell. Trabalhou,também como atriz, e apadrinhou outros músicos, como Fagner.

Já em 1985, já excursionando com os shows, recebeu convites para tocar em Portugal, Paris e Japão – apresentações nas quais estava acompanhada por Roberto Menescal e a Camerata Carioca. Mas neste período o seu estado de saúde estava bem sensível. Nara tinha um tumor inoperável no cérebro.

Em 1989, lançou seu último álbum, produzido ao lado do parceiro Nelson Motta: My Foolish Heart. O discotrazia versões de músicas norte-americanas. Pouco depois de terminar o disco, em 7 de junho, as complicações decorrentes ao câncer calaram a voz miúda que se agigantou ao gravar discos que romperam com as então rígidas fronteiras estéticas da MPB.

O programa vai ao ar, diariamente, das 14h às 15h. Para ouvir a programação, basta acessar o site da Rádio da OAB/RS, ou baixar os aplicativos disponíveis para os sistemas IOS e Android, que podem ser obtidos gratuitamente na Apple Store e no Google Play.

Para pedir uma música, ou para que uma banda seja destaque na programação musical, basta, dentro do player da Rádio OAB/RS, deixar sua mensagem no campo “comentários”. Além de notícias jurídicas, atualizadas diariamente e disponíveis 24h por dia, a ferramenta ainda disponibiliza aos ouvintes um repertório musical com 6.576 canções, sendo 2.870 músicas internacionais, 3.535 de MPB e 1.171 de JazzBlues.

Fonte: OAB/RS