|   Jornal da Ordem Edição 4.290 - Editado em Porto Alegre em 03.05.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

21.02.08  |  Diversos   

Passageira que levou pedrada dentro de trem será indenizada em R$ 38 mil

A 10ª Câmara Cível do TJMG condenou a empresa responsável por transporte ferroviário Cia Vale do Rio Doce a reparar a passageira Vanna Jouse de Oliveira Ribeiro, que foi atingida por uma pedrada, no interior do trem quando viajava de Belo Horizonte (MG) para Vitória (ES). O relator do recurso, desembargador Roberto Borges de Oliveira fixou o valor de R$ 38 mil de reparação pelo dano causado.

Conforme informações do tribunal, em fevereiro de 2002, a promotora de vendas estava sentada em sua poltrona, no interior de um vagão do trem, quando por volta das 10h da manhã, na altura do município de Nova Era, foi atingida por uma pedra vinda do lado de fora da condução. A pedrada acertou seu olho esquerdo, o que causou deslocamento da retina, com perda da visão.

Em sua defesa, a empresa alegou que a pedrada que atingiu a passageira foi causada por ato de terceiro, configurando-se, assim, verdadeiro caso fortuito, que exclui o dever de reparar. Salientou que até a data do evento não havia nenhum registro de acontecimento semelhante.

Borges de Oliveira considerou que quando foi atingida por uma pedra, a promotora de eventos viajava na qualidade de passageira do trem que faz linha Belo Horizonte/MG – Vitória/ES. 

"As empresas transportadoras respondem objetivamente pelos danos que causarem aos seus passageiros, pois têm a obrigação de levá-los incólumes até o seu destino, em virtude do contrato de transporte", ressaltou o juiz.

Segundo o magistrado, ficou comprovado no processo que a empresa ferroviária já tinha ciência de outras ocorrências dessa natureza, "o que afasta a imprevisibilidade e a inevitabilidade exigidas para configuração do caso fortuito".

"A questão dada a sua gravidade, demanda medidas mais eficazes, como por exemplo, pedido de providências dos órgãos de segurança pública e fiscalização constante nos trechos de maior incidência de tais atos. No entanto, a empresa não fez prova alguma de que adota as providências necessárias para evitar a ocorrência de evento como o do presente caso", concluiu o desembargador. (Proc.nº: 1.0024.02.802526-0/001).


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Fonte:TJMG

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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