|   Jornal da Ordem Edição 4.666 - Editado em Porto Alegre em 09.12.2025 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
NOTÍCIA

09.12.25  |  Tributário   

Negado pedido de liberação de máquinas retidas por falta de pagamento

A Vara do Núcleo Especializado de Justiça 4.0 – Direito Marítimo negou pedido de uma importadora para liberação de carga retida no Porto de Santos sem o pagamento de taxas de armazenagem e reconhecimento de abusividade na cobrança dos valores. Também foi afastada a responsabilidade de empresa responsável pelo desembaraço aduaneiro pelos custos de armazenagem e condenação dela e do terminal portuário ao pagamento da demurrage (taxa cobrada por tempo de sobrestadia de contêineres em um terminal portuário, excedendo o prazo gratuito acordado no contrato de frete).

Segundo os autos, a autora contratou uma das requeridas para realizar o desembaraço aduaneiro e a liberação de cargas para evento. Porém, as mercadorias não foram liberadas a tempo e foram qualificadas como “carga sobra” pelo terminal portuário, gerando cobrança de armazenagem e liberação das cargas somente após o pagamento. 

Na sentença, o juiz Frederico dos Santos Messias destacou que tanto o terminal quanto a empresa de despacho agiram dentro da legalidade. Segundo ele, a responsabilidade pela situação foi da própria importadora, que não tomou as providências necessárias em tempo hábil. “O direito de retenção é uma garantia legal concedida ao depositário para assegurar o recebimento da contraprestação pelos serviços prestados”, escreveu. O magistrado também ressaltou que “a responsabilidade primária pela redestinação da carga ou pela sua retirada do terminal recai sobre o importador”. 

Sobre a cobrança de valores supostamente abusivos, Frederico dos Santos Messias apontou que “o art. 6º da Resolução Normativa nº 34/2019 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários permite que a instalação portuária ou o operador portuário prestem serviços de armazenagem mediante condições e remuneração livremente negociadas com seus clientes, usuários ou divulgadas em tabelas de preços”, e que, no caso concreto, a autora não efetuou a redestinação das mercadorias, o que levou à sua classificação como "carga sobra" ou "não captada" e, consequentemente, à aplicação da Tabela Pública de Preços.

Cabe recurso da decisão.

Fonte: TJSP

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