Nas mensagens compartilhadas diariamente com sua equipe, o supervisor chamava a subordinada de “gorda” e "bunda mole”, entre outros, e fazia piadas com seu corpo.
Uma vendedora de Santa Catarina será indenizada no valor de R$ 10 mil após ser assediada por seu supervisor no aplicativo WhatsApp.
Nas mensagens compartilhadas diariamente com sua equipe, o supervisor chamava a subordinada de “gorda” e "bunda mole”, entre outros, e fazia piadas com seu corpo. Em 1ª Instância, a empresa foi condenada a pagar três mil reais em verbas decorrentes da rescisão indireta do contrato, mas a funcionária teve negado o pedido de indenização.
Porém, a 1ª câmara do TRT da 12ª região entendeu que os atos repetitivos do gerente criaram um ambiente hostil e tornaram insustentável a permanência da funcionária na empresa.
O desembargador relator Garibaldi Tadeu Pereira Ferreira afirmou que o depoimento de uma testemunha confirmou que o gerente tinha o hábito de chamar a autora de "gorda", "feia", "bunda mole" e "bigoduda", bem como de fazer piadas do gênero “tens tanta celulite por quê? Sentasse na brita, né?".
Dessa forma, Ferreira concluiu que "as humilhações pelas quais passou a autora constituíram verdadeiro assédio moral" e fixou indenização em R$ 10 mil.
O número do processo não foi divulgado.
Fonte: Exame