|   Jornal da Ordem Edição 4.592 - Editado em Porto Alegre em 21.08.2025 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

07.11.12  |  Diversos   

Motorista será indenizado por multa indevida

Uma terceira pessoa, pouco depois de comprar um carro de propriedade do autor, causou colisão com lesão corporal culposa; entretanto, mesmo após reconhecer o erro, o poder público não desfez o mal-entendido.

O Estado do Rio Grande do Sul terá de indenizar motorista por dano moral pela negativa de renovação de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por infração indevidamente atribuída. Por unanimidade, os desembargadores da 6ª Câmara Cível do TJRS mantiveram a indenização, fixada em R$ 5 mil na Comarca de Lajeado.

O autor ajuizou ação de indenização contra o governo estadual por ter sido aplicada uma infração gravíssima de trânsito em seu nome. Ao solicitar a renovação da CNH, teve o pedido negado, sendo informado de que respondia a processo de suspensão do direito de dirigir. Entretanto, segundo Boletim de Ocorrência efetuado, terceira pessoa foi autuada pela autoridade policial por conduzir seu antigo veículo, que havia sido vendido, causando lesão corporal culposa na direção, e apresentando visíveis sinais de embriaguez. Mesmo depois de comprovado que o requerente não era o causador do acidente, não ocorreram mudanças.

Na sentença, a juíza Carmen Luiza Rosa Constante Barghouti fixou em R$ 5 mil a reparação por danos morais. O Estado recorreu da decisão, alegando que o homem não teve qualquer dano sofrido, por ter sido apenas informado da suspensão do direito de dirigir. A vítima teria tido culpa exclusiva por não informar a venda do veículo às autoridades de trânsito.

O relator, desembargador Artur Arnildo Ludwig, afastou a argumentação do réu: "A alegação da culpa exclusiva da vítima, fundada no fato de que o apelado não teria comunicado a alienação do veículo autuado à autoridade de trânsito, deve ser afastada, pois o verdadeiro autor da infração foi terceiro, o qual foi autuado pessoalmente e submetido a exame clínico e teste do bafômetro."

Assim, o magistrado considerou evidente a falha na prestação do serviço público, pois o nome do condutor figurou apenas como proprietário do veículo no momento da infração. O julgador concluiu que ficou claro, portanto, o dano moral sofrido, sendo seguido pelos colegas de Câmara.

Processo nº: 70047585526

Fonte: TJRS

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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