Dois novos acordos foram fechados na última sexta-feira (22)  entre o Consórcio Via Amarela, responsável pela construção da Linha 4 (Amarela) do Metrô, e proprietários de imóveis danificados pelo desabamento do canteiro de obras da Estação Pinheiros. O acidente ocorreu em 12 de janeiro em São Paulo e deixou sete mortos.

Os acordos foram mediados pela Defensoria Pública. De acordo com o órgão, a primeira das três audiências não resultou em acordo. A segunda beneficiou o proprietário de uma casa condenada pelo acidente, localizada na Rua Capri. A terceira audiência conferiu uma indenização ao proprietário de um imóvel na Rua Conselheiro Pereira Pinto. Nesse caso, o dono não era morador, e a casa estava desocupada na data do desabamento. O imóvel sofreu avarias e será reformado.

De acordo com a Defensoria, 44 acordos já foram fechados. Entre eles, 32 com proprietários e onze com inquilinos que moravam nas Ruas Capri, Gilberto Sabino e Conselheiro Pereira Pinto, todas localizadas perto da cratera. O outro acordo foi fechado com a família da bacharel em Direito Valéria Marmit, de 37 anos, uma das vítimas fatais do desabamento.

As famílias das outras seis pessoas mortas no acidente foram indenizadas sem a intermediação da Defensoria Pública. Além dos proprietários e inquilinos de imóveis danificados pelo acidente, ainda têm de ser ressarcidos proprietários de imóveis condenados, que serão desapropriados pela prefeitura.

A desapropriação de alguns imóveis da região já estava nos planos da prefeitura antes do acidente - foram considerados de utilidade pública, que determina a desapropriação em até cinco anos. O desabamento antecipará a desapropriação e, conseqüentemente, os proprietários devem receber antes o valor de mercado pelas suas propriedades.

...................
Fonte: globo.com

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759