|   Jornal da Ordem Edição 4.608 - Editado em Porto Alegre em 15.09.2025 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
NOTÍCIA

15.09.25  |  Saúde   

“A vida cabe no seu sim”: OAB/RS apoia campanha de doação de órgãos promovida pela Santa Casa de Porto Alegre

A OAB/RS é apoiadora da Santa Casa de Porto Alegre na Campanha “A vida cabe no seu sim”, uma importante forma de conscientização da sociedade para importância da doação de órgãos. A iniciativa, lançada no início de setembro, propõe uma reflexão a partir de duas dimensões: o sim, associado ao ato de conversar com a família e manifestar a vontade de ser doador; e a vida, que representa a esperança de uma nova oportunidade para quem aguarda por um transplante.

Quem acessar os elevadores da sede da Ordem gaúcha poderá ver a identidade visual da campanha, chamando a atenção à narrativa. Além disso, nas telas dos elevadores e nos totens eletrônicos da entidade também foram anexadas imagens e vídeos. A expectativa é que a campanha gere curiosidade, que as pessoas se informem sobre o tema e, principalmente, informem familiares sobre a decisão da doação de órgãos.

Para o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, é essencial que a Ordem disponha da sua abrangência e de sua credibilidade para comunicar e sensibilizar em ações que beneficiem a sociedade. “O Hospital Dom Vicente Scherer, que integra o complexo hospital Santa Casa, é uma referência internacional em transplantes. Cientes da importância de conscientizar e da alta demanda, com dezenas de milhares de pessoas esperando por um transplante, o mínimo que podemos fazer é abrir as portas da nossa instituição para propagar o que faz bem”, disse.   

Segundo o diretor médico do Centro de Transplantes da Santa Casa, José de Jesus Camargo, a negativa familiar continua sendo um dos maiores entraves para que os pacientes tenham acesso ao transplante. “Sem a redução desse índice, temos visto uma lista que não para de crescer. Cada recusa impede que órgãos saudáveis sejam utilizados, prolongando o tempo de espera e comprometendo as chances de sucesso de centenas de transplantes”, reforça.

A Lei nº 9.434/1997 estruturou a remoção de órgãos para transplante e, desde a Lei nº 10.211/2001, a retirada de órgãos após a morte depende de autorização do cônjuge ou parente até 2º grau, documentada no ato. Por isso, a conversa em vida com a família é o passo mais importante para quem deseja ser doador.

Mais de 80 mil pessoas aguardam na fila de transplantes no Brasil

Refletir sobre a possibilidade de salvar vidas é essencial. Além disso, em algum momento, um conhecido, um familiar ou você pode precisar dessa ajuda. Segundo monitoramento de 27 de agosto deste ano do Ministério da Saúde, 80.072 pessoas aguardam na lista de espera por transplantes no Brasil – 46.956 à espera de um órgão (rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas) e 33.116 por córnea (tecido). Entre eles, mais de 1,3 mil crianças. O número cresceu 23% em 12 meses: em agosto de 2024 eram pelo menos 65 mil pacientes em lista.

Mesmo com um recorde histórico em 2024, com mais de 30,3 mil transplantes de órgãos e tecidos realizados em todo Brasil, a recusa familiar em doar órgãos continua sendo um grande desafio, e a lista de espera segue crescendo, evidenciando que muitas vidas ainda dependem de famílias dispostas a dizer “sim”. Em 2024, 46% das famílias brasileiras recusaram a doação de órgãos de seus entes falecidos, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RTB) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

O cenário no Rio Grande do Sul

A questão também preocupa no Rio Grande do Sul, onde, segundo dados de agosto de 2025, houve um crescimento na fila de espera por um órgão de 25% em um ano, alcançando 3 mil pacientes à espera de um transplante. Desse total, cerca de 60% estão na lista por um órgão (rim, fígado, pulmão e coração) e o restante por um transplante de córnea. 

“Se uma parte das pessoas que frequentam a Ordem se conscientizarem e conversarem com suas famílias sobre o assunto, estaremos felizes por, de alguma forma, ter auxiliado nesse ato de solidariedade. Mesmo em um momento de dor é possível salvar outras vidas”, reflete Lamachia.      

O que pode ser doado?

Rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino; e tecidos como córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Um único doador pode beneficiar até 8 pessoas.   

Diga sim! Seja doador de órgãos.

Fonte: OAB/RS

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