|   Jornal da Ordem Edição 4.290 - Editado em Porto Alegre em 03.05.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

28.07.10  |  Trabalhista   

Justiça condena empresa de seguros a pagar indenização de R$ 18.600 para doméstica

O banco Itaú Seguros S/A foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 18 mil a doméstica. O valor é correspondente à indenização do Seguro Obrigatório de Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) pela morte do marido, vítima de acidente automobilístico

"A indenização é devida, portanto, com base em 40 salários mínimos, vigentes à época do efetivo pagamento", afirmou o relator do processo, em seu voto, desembargador Emanuel Leite Albuquerque, durante sessão ocorrida no último dia 19 de julho.

A doméstica narrou, no processo, que seu esposo faleceu em virtude de acidente de carro no dia 25 de agosto de 1992. Ela solicitou administrativamente junto à citada empresa o pagamento do valor do seguro, contudo, o pedido foi negado.

Em 9 de junho de 2008, a viúva ajuizou ação de cobrança na Justiça contra o Itaú Seguros requerendo o pagamento. Ela afirmou ter juntado aos autos a documentação que comprova o falecimento do marido e que é a beneficiária legalmente constituída. Notificada, a ré contestou, no mérito, que inexiste no processo prova de que a autora é a beneficiária do falecido.

Em 29 de fevereiro de 2009, o juiz da 3ª Vara Cível de Fortaleza, Cid Peixoto do Amaral Netto, condenou a empresa ao pagamento de R$ 18.600,00, correspondente a 40 salários mínimos da época (R$ 465,00). O valor deve ser corrigido monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e acrescido de juros de mora de 1% ao mês, a partir da citação. O juiz destacou que é patente o direito da parte autora em receber o seguro relativo à morte do esposo, previsto no artigo 3º da Lei 6.194/74.

Inconformada, a seguradora interpôs recurso apelatório no TJCE, sustentando que é inconstitucional e ilegal a vinculação da indenização ao salário mínimo, motivo pelo qual pediu a reforma da sentença.

Ao analisar o recurso, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque explicou que "não há a vinculação apontada, porque o salário mínimo não é utilizado como indexador de correção monetária, mas, como referência para o pagamento da indenização securitária". Com esse entendimento, a 1ª Câmara Cível negou provimento ao recurso e manteve a sentença de 1º Grau, por unanimidade. (Processo nº 82931-40.2008.8.06.0001/1)




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Fonte: TJCE

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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