A juíza da Auditoria da Justiça Militar do Estado do Rio o pedido de revogação de prisão preventiva dos policiais militares envolvidos na morte do coordenador do grupo AfroReggae, ocorrida em outubro passado.

A magistrada destacou, na decisão, que a prisão de um capitão e de um cabo deve ser mantida para garantir a ordem pública e evitar uma possível intimidação das testemunhas por parte dos acusados.

"Ainda serão ouvidas, como testemunhas do juízo, civis que estiveram presentes no momento dos fatos, inclusive com relação próxima à vítima fatal, sendo certo que, uma vez em liberdade, poderão os acusados tomar providências no sentido de inviabilizar a repetição das provas em sede judicial, podendo incutir medo nas referidas testemunhas, inviabilizando, por conseguinte, eventual aplicação da lei penal militar", afirmou.

De acordo com a juíza, a eventual liberdade dos policiais poderia trazer ainda mais descrédito ao Poder Público. Para ela, a conduta dos policiais, caso ela realmente seja comprovada no decorrer da ação, revela-se mais grave do que aquela praticada pelos bandidos a quem têm o dever legal de combater.

"Destaque-se, ainda, que os fatos imputados aos acusados são de extrema gravidade, sendo crimes que revelam uma inversão total dos valores ensinados na formação de um policial militar, o que também justifica a custódia cautelar como garantia dos princípios da hierarquia e disciplina", explicou.

As testemunhas de defesa serão ouvidas pela juíza Ana Paula Barros no próximo dia 17, ao meio-dia, na Auditoria da Justiça Militar. (Processo: 2009001317066-8).

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Fonte: TJRJ

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759