Os jogadores bolivianos decidiram nesta quarta-feira (1º) entrar em greve e não disputar a próxima rodada do Campeonato Boliviano em protesto contra a falta de seguros médicos, entre outras reivindicações. O presidente dos Jogadores Agremiados Bolivianos, Milton Melgar,  que também é vice-ministro de Esportes do governo federal, assinalou que os jogadores de "todos os clubes se recusarão a entrar em campo, até que sejam atendidas suas reivindicações", dentre as quais destacou a criação de seguros médicos para os atletas.

Outros pedidos dos grevistas incluem o respeito às decisões do Tribunal de Resolução de Disputas e a criação de um contrato único, para que os jogadores não sejam obrigados a assinar dois ou três compromissos com o clube que os contrate.

Os atletas lutam ainda pela possibilidade de trocarem de equipe durante a temporada, e pela modificação do calendário nacional, pelo qual, atualmente, apenas seis equipes se classificam para a segunda fase, ao tempo que as demais ficam três meses paradas.

Melgar admite, no entanto, que essas últimas reivindicações não podem ser cumpridas imediatamente, pois precisam ser analisadas por instâncias desportivas superiores.

O vice-presidente da Federação Boliviana de Futebol, Mauricio Méndez, afirmou que a greve é um "despropósito".

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759