Lewis Scooter Libby, ex-assistente do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, foi condenado ontem (05) a dois anos de prisão por mentir e obstruir uma investigação do FBI (polícia federal americana). Libby foi acusado por seu papel no escândalo conhecido como "Plamegate", no qual a identidade da ex-agente secreta da CIA (agência inteligência americana) Valerie Plame foi revelada.
Frente a um tribunal lotado, o juiz federal responsável pelo caso afirmou que as provas demonstraram abundantemente a culpa de Libby. Ele é o mais alto oficial dos EUA condenado por um crime desde meados dos anos 1980.
A identidade de Valerie Plame foi vazada a repórteres em 2003 depois que seu marido, um diplomata americano, começou a criticar o governo do presidente dos EUA, George W. Bush, por suas políticas com relação ao Iraque. Condenado por atrapalhar a investigação sobre o caso, Libby não foi acusado de informar o nome da ex-agente secreta para a mídia - na verdade, ninguém foi acusado pelo vazamento.
Até então pouco conhecido fora dos círculos de Washington, Libby era uma das figuras mais influentes na Casa Branca, e teve papel importante em moldar as políticas de Bush. Seu indiciamento, em 2005, foi um grande golpe contra o governo.
Apesar de Bush ter o poder constitucional de conceder o perdão para condenados na Justiça, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, afirmou que esta intervenção não está nos planos do presidente neste momento.
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759