|   Jornal da Ordem Edição 4.281 - Editado em Porto Alegre em 19.04.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

13.04.07  |  Criminal   

Empresário acusado de simular o próprio sequestro não aceita a transação penal

O empresário Jorge Luiz Pruner, 47 de idade, apontado pela polícia de ter simulado o próprio seqüestro, preferiu submeter-se ao julgamento penal, do que pagar as despesas tidas pelo Estado para "resgatá-lo".

Em audiência no Foro da comarca de Brusque, no último dia 3, ele rejeitou proposta de transação penal, feita pelo Ministério Público, pela qual se livraria do julgamento, se reembolsasse a Fazenda das despesas com a operação policial. Nesse caso, ocorreria a suspensão condicional até 2011. 

O suposto seqüestro ocorreu no dia 16 de março de 2006. O empresário - que é dono de uma imobiliária - afirmou ter sido rendido por oito homens, que ocupavam três automóveis, quando chegava  à porta da empresa. Ele foi localizado no mesmo dia, por volta das 18h30min, num matagal, na Rua José Laurentino Júnior, Bairro Limoeiro, em Brusque.

Os policiais envolvidos na ação acharam-no algemado e acorrentado, com lesões na face e o dedo mínimo da mão esquerda mutilado. Para resgatá-lo, foram mobilizados dois helicópteros e cerca de 100 homens. Para a polícia, houve fraude e o seqüestro não passou de simulação.
 
O valor total das despesas - uso de helicópteros, combustível para viaturas, diárias de policiais - não foi divulgado pelo Estado e é objeto de uma requisição judicial.
 
O jornal Diário Catarinense fez um levantamento e apurou que os gastos passam de R$ 30 mil. Só com a movimentação de helicópteros, o custo é de R$ 23 mil. A aeronave da Polícia Militar fez cinco horas de buscas, com um gasto total de R$ 13 mil, e a da Polícia Civil outros R$ 10 mil.  Pelo menos 70 policiais civis e militares participaram das buscas. Os delegados da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, por exemplo, recebem diárias de R$ 156. 

Jorge Luiz Pruner foi acusado de estelionato, pois, segundo o MP, cometeu fraude para receber indenização de seguradoras. A pena varia de um a cinco anos. O promotor Murilo Casemiro Mattos disse que o julgamento de primeiro grau deve acontecer ainda este ano. Os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa serão colhidos na próxima quinta-feira (19) pelo juiz Edemar Leopoldo Schlösser. 
 
O magistrado requisitou informações de quatro seguradoras (AGF Brasil Seguros, Itaú Vida e Previdência, Metropolitan Life Seguros e Previdência e Caixa Seguradora) para que informem se chegaram a pagar alguma indenização securitária ao segurado. Segundo o MP, o empresário teria amputado o próprio dedo na tentativa de obter o dinheiro de seguros.

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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