|   Jornal da Ordem Edição 4.588 - Editado em Porto Alegre em 12.08.2025 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

28.08.14  |  Diversos   

Determinada a dedução de valores pagos por indenização em desapropriação para reforma agrária

O instituto ofereceu aos proprietários do imóvel o pagamento de indenização no valor de R$ 2.603.993,01, sendo R$ 1.908.131,44 referentes à terra nua e acessões naturais, e R$ 695.861,57 para indenização das benfeitorias. Inconformados com o valor, os expropriados entraram com ação, requerendo o aumento do montante.

O valor da indenização a ser paga pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a título de desapropriação para fins de reforma agrária, aos proprietários de um imóvel rural, denominado Fazenda Recife, localizado em Porto Nacional (TO), foi mantido em R$ 4 milhões  pela 3ª Turma do TRF da 1ª Região. Entretanto, o Colegiado determinou o abatimento de R$ 30.530,27 do montante referente à terra nua em razão da revegetação da propriedade realizada pela autarquia com o fim de recompor a reserva legal.

Consta dos autos que o Incra ofereceu aos proprietários do imóvel o pagamento de indenização no valor de R$ 2.603.993,01, sendo R$ 1.908.131,44 referentes à terra nua e acessões naturais, e R$ 695.861,57 para indenização das benfeitorias. Inconformados com o valor, os expropriados entraram com ação na Justiça Federal, requerendo o aumento do montante.

Perícia oficial realizada no local avaliou a propriedade em R$ 4 milhões. O Juízo da 2ª Vara Federal de Tocantins julgou procedente o pedido para, com base no laudo pericial, determinar ao Incra o pagamento de indenização no valor de R$ 4 milhões, sendo R$ 2.981.724,42 referentes à terra nua e R$ 1.018.275,58 para as benfeitorias.

Os expropriados e o Incra recorreram da sentença ao TRF1. Os primeiros requerem a majoração da indenização para R$ 5.664.716,69, com base no valor máximo referencial para imóveis da região. A autarquia, por sua vez, pleiteia que o valor da indenização seja calculado com base no laudo administrativo, realizado pela entidade à época da avaliação, bem como que seja observado o abatimento do passivo ambiental do valor da terra nua, calculado em R$ 30.530,27.

Ao analisar os recursos, o relator do processo na 3ª Turma, desembargador federal Mário César Ribeiro, destacou que o valor da indenização, calculado em R$ 4 milhões pelo perito oficial, está correto. "Mantida a indenização da terra nua e das benfeitorias, fixada com base em Laudo Oficial devidamente fundamentado de conformidade com a metodologia recomendada pela ABNT e que representa o preço de mercado do imóvel expropriado", fundamentou.

O magistrado salientou, contudo, que a autarquia procedeu à revegetação da propriedade, o que, conforme dispõe o Código Florestal, é dever constituinte da propriedade e da posse do imóvel. "Na hipótese, o Perito Oficial constatou a efetiva revegetação levada a efeito pelo Incra no imóvel expropriado, com o fim de recompor a reserva legal, o que permite a dedução da importância mensurada pela autarquia a título de passivo ambiental, do valor arbitrado para a indenização da terra nua", finalizou. A decisão foi unânime.

Processo n.º 0007465-81.2009.4.01.4300

Fonte: TRF1

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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