O presidente nacional da Ordem, Cezar Britto, defendeu a instituição de um órgão de controle externo da Polícia Federal nos moldes dos que existem para a magistratura, o CNJ, e para o Ministério Público, (CNMP).

"Se esse controle social for aprovado não tenho dúvida de que estaria resolvida grande parte das reivindicações dos policiais federais, inclusive o enquadramento de carreira, porque se passaria a ter um controle no mesmo patamar da magistratura e do Ministério Público", afirmou Britto.

Segundo ele, os policiais federais e a advocacia têm objetivos comuns, como o combate à corrupção e ao crime organizado, salientando que suas divergências são quanto ao modo como foram conduzidas diversas operações da PF, que se pautaram pelo que chamou de "espetacularização" e não observaram o direito à ampla defesa, como acesso dos advogados aos autos e entrevistas reservadas com seus clientes.

Britto sugeriu um pacto com a advocacia para o combate à corrupção e fortalecimento do Estado democrático de Direito, reafirmando que a advocacia não é inimiga da Polícia Federal, nem entende que a polícia seja sua adversária. "Temos muitos pontos convergentes a aprofundar, os quais são muito maiores que as nossas divergências", lembrou.



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Fonte:CFOAB

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759