|   Jornal da Ordem Edição 4.300 - Editado em Porto Alegre em 17.05.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

21.09.15  |  Advocacia   

Colégio Nacional de Presidentes da OAB divulga a Carta de Teresina

Foto: Eugênio Novaes - CFOAB

Colégio Nacional de Presidentes da OAB divulga a Carta de Teresina

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Colégio Nacional de Presidentes da OAB divulga a Carta de Teresina

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Colégio Nacional de Presidentes da OAB divulga a Carta de Teresina

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Colégio Nacional de Presidentes da OAB divulga a Carta de Teresina

Durante o encontro, Bertoluci foi o relator do tema “mediação e arbitragem”. A pauta foi acolhida, por unanimidade, pelas demais seccionais da OAB e inserida no texto final do documento.

O Colégio Nacional de Presidentes das Seccionais da OAB aprovou, nesta sexta-feira (18), a redação final da Carta de Teresina. O evento, que foi conduzido pelo presidente e pelo vice-presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho e Claudio Lamachia, contou com a presença do presidente da Ordem gaúcha, Marcelo Bertoluci.

As deliberações tratam de questões da cidadania, como a crise ética nacional, o combate à corrupção, o fim do investimento empresarial em campanhas, a criminalização do caixa 2 e o repúdio à criação de novos tributos, como a CPMF. Além disso, o texto aprofundou temas corporativos, como o Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada, o novo Código de Processo Civil, a valorização da advocacia pública e das empresas estatais, o funcionamento dos órgãos do Poder Judiciário em dois turnos e a rejeição ao sistema de custas judiciais.

Durante o encontro, Bertoluci foi o relator do tema “mediação e arbitragem”. A pauta foi acolhida, por unanimidade, pelas demais seccionais da OAB e inserida na Carta de Teresina.

Confira a íntegra do texto:

CARTA DE TERESINA

O Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, reunido na cidade de Teresina, Estado do Piauí, nos dias 17 e 18 de setembro de 2015, após análise e discussão de temas de interesse da Advocacia e da sociedade brasileira, decide:

1 - Revelar a preocupação com a grave crise ética, política e econômica enfrentada pelo País, reiterando o nosso compromisso com o combate à corrupção, e instar a Presidência da República a buscar diálogo sério, franco e consequente com a sociedade civil, impedindo a permanência do atual quadro de desgoverno. Do mesmo modo, conclama o respeito à legalidade e à normalidade constitucional, criticando toda e qualquer iniciativa que desborde do Estado Democrático de Direito.

2 - Repudiar a criação de novos tributos, como a CPMF, ou qualquer tentativa de transferir para a população o ônus do desequilíbrio fiscal da União, dos Estados e Municípios, conclamando os poderes constituídos a promover uma redução dos gastos com a máquina pública.

3 - Ressaltar o histórico julgamento do Supremo Tribunal Federal da ação proposta pela OAB, que passará a impedir o financiamento de campanha política por empresas, ao tempo em que afirma a condenação de qualquer tentativa de burla àquela decisão.

4 - Reafirmar a necessidade de uma ampla campanha de conscientização sobre os efeitos nefastos do Caixa 2 nas campanhas eleitorais, lutando pela criminalização de tal prática.

5 - Exigir do Governo brasileiro pedido público de desculpas pelo atentado lançado contra a Presidência Nacional da OAB em 1980, que vitimou Lyda Monteiro da Silva, uma vez que perpetrado por agentes do Estado, além da atuação do Ministério Público na responsabilização penal dos executores.

6 - Reconhecer que uma das grandes marcas da atual gestão da OAB Nacional foi a implantação de políticas afirmativas no seio da Ordem. Assim, coerentes com a história da Entidade, apoia a implantação do Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada e define que 2016 seja, na Ordem dos Advogados do Brasil, o ano da mulher advogada.

7 - Registrar a premente necessidade de vigência do Novo Código de Processo Civil no prazo já assinalado, sem qualquer postergação da vacatio legis, pela importância das conquistas contidas no Novo CPC, como instrumento de maior celeridade processual e segurança.

8 - Apoiar e lutar pela valorização da Advocacia Pública e das empresas estatais, defendendo a aprovação das PECs 443, 82 e 17. Destacar que a Advocacia Pública é advocacia de Estado e não de governos, garantindo a independência técnica do advogado.

9 - Acolher a Carta de Campo Grande (MS), elaborada na III Conferência Internacional de Direito Ambiental, considerando que o Brasil é detentor da maior reserva hidrográfica do planeta e da porção mais expressiva do Aquífero Guarani – maior reserva de água subterrânea do mundo –, e a Moção anexa à referida carta, onde consta as providências a serem tomadas em relação ao referido aquífero e ao Rio São Francisco.

10 - Destacar a importância dos meios extrajudiciais de resolução de conflitos, com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, inclusive pugnando pela inclusão da cadeira de conciliação, mediação e arbitragem na grade curricular dos cursos jurídicos.

11 - Conclamar o Poder Executivo a criar políticas de acolhimento e proteção aos refugiados e imigrantes.

12 - Rejeitar o sistema de custas judiciais hoje existente, com valores exorbitantes, que impede o amplo acesso à justiça, e envidar esforços para a garantia da justiça gratuita, nos termos da lei.

13 - Exigir o funcionamento dos órgãos do Poder Judiciário em dois turnos, como medida imperiosa de acesso à Justiça.

Teresina, 18 de setembro de 2015.

Fonte: OAB/RS

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