|   Jornal da Ordem Edição 4.431 - Editado em Porto Alegre em 22.11.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
NOTÍCIA

14.08.07  |  Diversos   

Aumento de servidor federal chega a 80% e supera setor privado

Um ano depois de um pacote de reajustes salariais que até hoje mantém os gastos com pessoal da União em alta, a elite do funcionalismo público federal já acumula ganhos acima da inflação, superiores aos padrões da iniciativa privada.

Nas dez carreiras mais valorizadas do Executivo federal, todas de nível superior e quase todas exclusivas do Estado, o aumento real dos vencimentos desde o primeiro governo Lula varia de 15% a 80%, segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo. O texto é do jornalista Gustavo Patu.

É mais que o suficiente para incluir os servidores, uma das bases políticas mais tradicionais do PT, entre os setores do mercado de trabalho mais bem-sucedidos dos últimos quatro anos - e para levar, neste ano, os gastos com pessoal acima do patamar de 5% do PIB pela primeira vez sob Lula.

O menor ganho desse contingente no período, concedido aos pesquisadores em Ciência e Tecnologia com doutorado, corresponde ao maior percentual apurado pelas pesquisas do Datafolha entre empresas privadas da Grande São Paulo - neste caso, a liderança fica com ocupações de nível básico ligadas à produção, que reúne, entre outros, mestres-de-obras, carpinteiros e eletricistas.

O trabalho realizado regularmente pelo Datafolha entre 113 empresas de grande e médio porte dos setores de serviços, comércio, indústria e construção civil aponta que as ocupações de nível superior tiveram ganhos menores, de 8,9% em média, enquanto diretores e gerentes ficaram com 5,9%.

Os dados do governo federal mostram que a melhora da remuneração pesa muito mais no crescimento dos gastos do que a polêmica ampliação do quadro de servidores promovida pela administração petista, revertendo um processo de enxugamento que vinha desde o início da década passada.

Entre os civis do Executivo, o quadro de ativos teve um crescimento de 16% de 2003 a 2006, quando o número de servidores chegou a 528,1 mil. As despesas nesse segmento, porém, cresceram quatro vezes esse percentual: de R$ 19,9 bilhões para R$ 32,6 bilhões, ou 64% -e, neste ano, é esperada uma alta adicional de 17,8%.

Quase toda a expansão está concentrada no pacote de benefícios concedido às vésperas da campanha eleitoral de 2006, com reajustes programados até 2009 -quando procuradores e advogados da União passarão a ganhar R$ 17 mil mensais e se tornarão os servidores mais bem remunerados do Executivo. No início de 2006, 4,8% dos servidores ostentavam salários acima dos R$ 8.500 mensais. Em dezembro, eram 8%.

"Nós procuramos valorizar as carreiras típicas de Estado e também recuperamos algumas carreiras da base que estavam aviltadas", diz o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), para quem o governo Fernando Henrique Cardoso deixou defasagens salariais no setor.

Das dez carreiras mais bem pagas hoje, só três tiveram ganhos reais entre 1998 e 2002. Mas os números desmentem o congelamento dos salários alegado pelos sindicatos.

Bernardo acredita que a qualidade dos serviços prestados pela elite dos servidores justifica os salários e cita o que considera duas das "ilhas de excelência" da administração, o Itamaraty e a Polícia Federal.

.....................
Fonte - Folha de S. Paulo

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

BOLETIM INFORMATIVO. CADASTRE-SE!
REDES SOCIAIS E FEED
RSS
YouTube
Flickr
Instagram
Facebook
Twitter
(51) 3287.1800
Redação JO: Rua Washington Luiz, 1110, 13º andar - Centro - CEP 90010-460 - Porto Alegre - RS   |   [email protected]
© Copyright 2024 Ordem dos Advogados do Brasil Seccional RS    |    Desenvolvido por Desize

ACESSAR A CONTA


OABRS:   *
Senha:   *
Esqueci minha senha  |  Novo cadastro