|   Jornal da Ordem Edição 4.432 - Editado em Porto Alegre em 25.11.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

26.06.08  |  Diversos   

Afastar-se para eleição não influi em progressão

Um professor da Universidade Federal do Pará teve negado pela 1ª Turma do TRF1 direito de progressão funcional, tendo em vista que o tempo de serviço no exercício de mandato eletivo não pode ser contado para fins de promoção por merecimento, nos termos do art.38, IV, da CEF/88 e do art. 102, V, da Lei nº 8.112/90.

A parte conta que se afastou, de 1991 a 1995, das funções de professor da universidade para cumprir mandato de deputado estadual, sem ônus para a universidade. O professor pede para que seja computado o tempo de serviço no exercício de mandato eletivo para fins de progressão funcional na carreira de magistério superior. Refere-se, para tal, ao constante dos §§ 1º e 2º do art. 16 do Decreto nº 94.664/87, que prevê, para quem não possui titulação, uma permanência mínima de dois anos no nível 4 da respectiva classe. Em conseqüência, a parte alega fazer jus à contagem do seu tempo de serviço como deputado estadual para progressão horizontal, isto após, decorridos quatro anos de sua última progressão, ocorrida em 14/12/91.

A relatora convocada, juíza Sônia Diniz Viana, explicou que o tempo de afastamento do professor para exercer o mandato de deputado estadual não pode ser computado para efeito de progressão funcional na carreira de magistério, que se dá por avaliação de desempenho, pois há de fato impossibilidade de sua realização durante o período em que o docente esteve afastado. A progressão, acrescentou a decisão, "sempre sujeita-se à avaliação de desempenho acadêmico, assim expressamente exigida no caput do referido artigo 16, a cujo referencial a interpretação dos incisos e parágrafos deve se orientar".

Assim, a relatora concluiu que a "progressão ou promoção de um nível para outro imediatamente superior dentro da mesma classe se realiza por critério de merecimento, já que se leva em conta, além do aspecto temporal, um procedimento de avaliação de desempenho global do docente. De fato, não resta autorizada a progressão nas carreiras de magistério exclusivamente fundada no decurso de tempo ou na antiguidade". (AC 1998.39.00.011774-3/PA).



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Fonte: TRF1

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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