O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, vai recomendar as empresas que participarão da próxima Copa que contratem egressos do sistema carcerário. A iniciativa é resultado de acordo assinado entre o Comitê, que é órgão da FIFA, e o CNJ, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro.
O presidente do CNJ assinalou a importância do convênio para a segurança pública. "Nenhum país conseguiu melhorar a segurança sem atacar o problema da reincidência. Isso só pode ser combatido com um programa sério de reinserção social como o Começar de Novo", afirmou. Também participaram da solenidade, o secretário-geral do CNJ, juiz Rubens Curado, o juiz auxiliar da presidência do Conselho Erivaldo Ribeiro, a conselheira Morgana Richa e o presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Márcio Braga.
O acordo faz parte do Programa Começar de Novo, desenvolvido pelo CNJ, e tem como objetivo incentivar as empresas que construirão estádios e outras obras para a Copa do Mundo de 2014 a contratarem egressos do sistema carcerário.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, lembrou que "o futebol, que é a porta de entrada para muitos brasileiros, passará a ser a porta de saída para àqueles que se perderam no meio do caminho". Segundo ele, a cerimônia representa o grande legado da Copa do Mundo de 2014, que deixará um país melhor e uma sociedade mais justa.
A adesão das empresas ao Programa Começar de Novo não se limita à recolocação de ex-detentos ao mercado de trabalho como operários da construção civil, mas prevê também a realização de cursos nos presídios, dando oportunidade de profissionalização aos detentos.
O ministro Gilmar Mendes lembrou que esta não é a primeira parceria da CBF com o CNJ, que já contribuiu com o Programa Nossas Crianças, que estabelece políticas de ajuda aos menores em conflito com a lei e o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
"Com este acordo, a FIFA e o COB emprestarão sua imagem para a efetiva integração dos egressos", disse o ministro Gilmar Mendes, presidente do CNJ acrescentando que "muito mais que o valor pecuniário do salário, é o resgate da dignidade do ser humano, que mesmo após ter passado o limite da lei, nunca deixou de ser um cidadão".
...............
Fonte: CNJ
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759