Por Armando do Prado,
professor
A uma, quero parabenizar o Espaço Vital, pelo excelente trabalho que acompanho e leio diariamente há tanto tempo.
A duas, não posso deixar de comentar a reportagem sobre as palavras do Dr. Marcão. Para ser econômico, não existe o palestrante e o presidente do TJRS: ambos são a mesma pessoa, isso é acaciano e, portanto, o que um fala impacta na vida de toda a comunidade jurídica.
Gostaria de saber se a pena de morte defendida, vale também para juízes, desembargadores e advogados envolvidos em maracutaias e ilícitos, ou se é apenas para preto, pobre, prostituta e periférico?
Outra coisa. Lembro que a idade de 18 anos como limite para inimputabilidade é constitucional e, mais, está prevista em acordos internacionais, inclusive com a ONU, recentemente ratificado e com força constitucional.
Finalmente, "tolerância zero", nos States, se voltou contra pedintes, miseráveis e negros dos guetos. É a síndrome da "janela quebrada", ou se quisermos a maquiagem para parecer que tudo está perfeito.
Aqui em São Paulo, os crimes cairam violentamente, e todos sabemos como: maquiagem de números.
Conclusão: quem fala muito, acaba dando bom dia a cavalo, como dizia o grande Guimarães Rosa.
(*) E.mail: [email protected]