Antônio Escosteguy Castro: A necessidade de uma reforma sindical


15.10.07 | Perfil

Da redação do Jornal da Ordem

O porto-alegrense Antônio Escosteguy Castro, nascido no dia 26 de novembro de 1958, formou-se em Direito em 1981 pela UFRGS. Desde então, atua como advogado trabalhista e assessor sindical.

Na OAB/RS, Escosteguy integra pela 2ª vez o Conselho Seccional. Além disso, é presidente da Comissão de Estudos Constitucionais – CEC – e membro da Banca de Direito do Trabalho da Comissão de Exame de Ordem. Na Ordem gaúcha, também já fez parte do Tribunal de Ética.

Além de seu trabalho junto a Ordem, Antônio Escosteguy Castro é o atual presidente da Agetra - Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas “a Agetra surgiu em outubro de 1971, com duas motivações principais: a necessidade sentida pelos advogados trabalhistas gaúchos na época, de se reunirem em uma associação, o que lhes daria mais força e representatividade em prol de reivindicações específicas da categoria, inclusive perante a OAB,” destaca o advogado.

”É de se salientar, que naquela época, os advogados trabalhistas não possuíam representantes no conselho da seccional, e realmente era uma grande dificuldade obterem o apoio da Ordem para qualquer tipo de reivindicação junto ao nosso TRT”, e complementou, “a outra motivação era a criação de um foro de debates, visando o aprimoramento do direito do trabalho e a necessidade de avançar na busca de uma melhor Justiça Social,” lembrou Escosteguy.

O professor, atualmente licenciado, da faculdade de Direito da Unisinos, mantendo o foco na área trabalhista, ministra palestras e seminários, além de desenvolver artigos para jornais e revistas, o que resultou na autoria do livro "Trabalho, Tecnologia e Globalização - A necessidade de uma reforma sindical no Brasil", lançado pela Editora Ltr em 2006.

No estudo, Antônio Castro situa a dimensão imperiosa da reforma sindical no quadro econômico, institucional e político, configurado pela reestruturação produtiva em curso nas duas últimas décadas. “Não se trata de acomodar interesses localizados nem tampouco de promover adaptações superficiais para corrigir problemas e desequilíbrios do mundo do trabalho. Para barrar os efeitos mais nefastos da globalização e da revolução tecnológica, as mudanças devem ser de peso,” comenta o autor. Para justificá-las, o autor procede a uma pertinente retrospectiva do processo de reestruturação produtiva, impulsionado pelo neoliberalismo; realiza uma análise sintética da evolução da estrutura sindical, indicando com clareza os principais descompassos que existem atualmente entre o processo em curso e o quadro jurídico.