Como vencer o Exame de Ordem


30.08.07 | Advocacia

Matéria publicada ontem (29) pelo jornal Zero Hora aborda o segundo Exame de Ordem de 2007, no RS. Nele, mais da metade dos 4.459 bacharéis já foi eliminada. "O índice de reprovação (55,4%) confirma a histórica falta de preparo dos formados em Direito e alerta para a necessidade de ampliar a prática nas faculdades" - revela a jornalista Lúcia Pires.

Aprovados na primeira prova e dispostos a conquistar a carteira que habilita ao exercício da Advocacia, cinco ex-alunos das maiores faculdades da Região Metropolitana se reuniram na semana passada. Não para estudar. O encontro serviu para levantar dúvidas que ainda pairam sobre a próxima etapa do exame.

As questões sobre a prova prática foram levadas pelo caderno Vestibular, do jornal Zero Hora,  ao presidente da comissão do exame, advogado Carlos Alberto de Oliveira, que coordenará a avaliação no dia 23 de setembro.

Nesse dia, o grupo estará entre os 1.987 bacharéis que, como eles, passaram cinco anos na faculdade e ainda temem não poder exercer a carreira que escolheram. Somente com a carteira da OAB, o bacharel em Direito poderá ser um advogado.

- O bom dessa prova é que ninguém tira o lugar de ninguém. Tu concorres contigo mesmo. O mercado é que fará a seleção natural depois - disse Rafael Ariza, 27 anos, formado pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).

Seleção é a palavra chave para a OAB. E, conforme o advogado Carlos Alberto de Oliveira, ela é cada vez mais indispensável ao bacharel, antes de ingressar no mercado de trabalho, e vem ajudando a melhorar o ensino.

- Qualquer que seja o instrumento de avaliação, ele sempre poderá conter equívocos. Por isso, há o direito ao recurso. Mas a prova existe para que possamos identificar a condição do bacharel no exercício da advocacia. E posso garantir que muitos precisam se preparar melhor. A dificuldade de aprovação não é apenas por culpa das instituições. Também tem a parte do aluno - alerta Carlos Alberto.