Delegados da PF contestam suspeita de grampo no STF


20.08.07 | Diversos

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ANDP), delegado Sandro Torres Avelar, divulgou nota criticando matéria publicada pela revista Veja, na qual ministros do STF revelam as suspeitas de serem alvos de grampos telefônicos ilegais realizados pela Polícia Federal.

Avelar afirma que a matéria causou "verdadeiro espanto e profunda náusea".

A matéria, intitulada "A sombra do estado policial" sustenta que os abusos no comportamento da Polícia Federal não se esgotam na suspeita de grampos ilegais, mas também há suspeitas de manipulação do conteúdo de gravações feitas legalmente.

Segundo a nota divulgada por Avelar, já há pessoas comemorando a reportagem como um indicativo inesperado de que contarão com o apoio do STF para a aprovação de medidas restritivas às investigações criminais. Ele lembra que grampo ilegal é crime e qualquer cidadão que tiver conhecimento de um caso ocorrido deve denunciá-lo.

"Se for autoridade pública e não o fizer, arrisca-se a prevaricar. É preciso apontar os fatos, os autores, apresentar as provas, ajudar a combatê-lo, mas não alimentar a boataria com insinuações", diz a nota.

O delegado ainda contesta a utilização da expressão "banda podre" da PF. "Tal banda podre da PF, que se saiba não é uma banda, são focos que vêm sendo combatidos sistematicamente pela corporação. E focos de podridão não são exclusividade da PF", afirma.

Avelar ressalta que o Departamento de Polícia Federal está submetido hierarquicamente ao Ministério da Justiça, ao controle externo do Ministério Público e tem suas ações voltadas ao poder Judiciário.