Controladores declaram guerra ao governo e aos passageiros


22.06.07 | Diversos

Em mais um dia de agonia para milhares de passageiros nos principais aeroportos do país, os controladores de vôo assumiram que a adoção de uma operação-padrão, sem data para acabar, é uma "declaração de guerra" contra o governo, que teria abandonado a categoria. Essa "declaração", por extensão, atinge todos os passageiros.

A 21 dias do Pan, a informação explica a seqüência de panes no Cindacta 1 de Brasília, centro do movimento. Ontem, segundo a Infraero, 562 vôos (38%) sofreram atrasos.

Em vez de relaxar e gozar, como sugeriu a ministra Marta, os brasileiros se revoltaram. Com exceção dela e do ministro Mantega, para quem o caos aéreo é sinal de "prosperidade", ninguém agüenta mais tanta confusão nos aeroportos brasileiros. Para o ministro da Fazenda, "a crise é um reflexo do sucesso da economia, com mais gente querendo viajar".

A má notícia é que a situação corre o risco de piorar. Isso porque controladores ameaçam deflagrar nas próximas horas paralisação ainda maior que a de 30 de março, quando o país parou.

Como nas outras vezes, o presidente Lula convocou o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para uma reunião hoje em Brasília. Desde dezembro, a rotina é essa.