Acusada de matar babá é condenada a 37 anos de prisão


15.06.07 | Criminal

O Tribunal do Júri de Belém (PA) condenou a 37 anos de prisão Roberta Sandreli pela morte da menina Marielma de Jesus Sampaio, de 11 anos, em novembro de 2005.

O Conselho de Sentença classificou Roberta de "violenta, perversa e covarde". Pelo crime de homicídio qualificado, a acusada foi sentenciada em 30 anos de cadeia e mais sete por cárcere privado.

A acusação reforçou a tese de participação de Roberta, que foi conivente com o marido, Ronivaldo Furtado e foi passiva, não evitando os maus-tratos e a morte da criança.

O promotor de justiça Paulo Godinho, e as advogadas que atuam na assistência de acusação reforçaram o elo entre os dois acusados, que estariam trocando cartas onde demonstram sentimentos amorosos um pelo outro, negando a declaração de Roberta, de que teme Ronivaldo.

O advogado de Roberta Sandrelli, Dorivaldo Belém, utilizou o espaço do debate destinado à defesa para levantar o que chamou de tese da menor participação. Segundo ele, o júri deveria responder a duas perguntas, que iriam inocentar a acusada.

O promotor de Justiça Paulo Godinho afirmou nas considerações finais que sentia que uma página negra da história estava virada, chegava ao seu final. E que esperava que "a alma de Marielma estivesse livre para encontrar a luz".

Roberta Sandreli Rolim e o marido, Ronivaldo Guimarães, foram acusados de assassinar a menina, que trabalhava como babá na casa deles. O crime ocorreu em novembro de 2005. Roberta já fora condenada a 38 anos de prisão, mas teve direito a um novo júri, pois a pena ultrapassou 20 anos de reclusão.

Guimarães foi condenado a 52 anos de prisão pelo crime. O primeiro jugamento dele ocorreu em 2006. Em maio deste ano, passou por novo júri e a pena foi confirmada.