Rabino processado por furto fará 100 horas de trabalhos com crianças


30.05.07 | Internacional

O rabino Henry Sobel, 63 de idade, prestará 100 horas de serviços comunitários a duas instituições sociais – um lar dedicado a crianças mantido pela Congregação Israelita Paulista e uma entidade voltada à população de baixa renda, a União Brasileiro-Israelita do Bem-estar Social (Unibes), no bairro do Bom Retiro, no Centro de São Paulo. As entidades sociais, escolhidas por Sobel com o consentimento do promotor norte-americano, são voltadas a crianças e adultos, independentemente de suas religiões.

Um acordo entre os advogados do rabino e o promotor público norte-americano que funcionava no processo, foi fechado ontem (29) para o arquivamento do inquérito que investigava nos Estados Unidos o furto de gravatas. “O acordo foi humano, visa corrigir os erros cometidos. É muito difícil para mim explicar o inexplicável. É perfeitamente compreensível cumprir o acordo, uma vez que ele visa melhorar a condição humana”, disse Sobel.

Outra condição para o acordo é um acompanhamento psicológico para evitar o abuso de medicamentos que - segundo ele - foi o que aconteceu na ocasião em que foi internado após o furto de quatro gravatas nos Estados Unidos.

A Justiça dos Estados Unidos decidiu reclassificar o caso de Sobel, com o que o rabino respondeu a apenas três acusações de pequenos furtos e transferiu o processo do tribunal estadual para o tribunal do condado de Palm Beach. Com a diminuição nos agravantes da acusação, mesmo se fosse condenado, Sobel não correria mais o risco de ir para a cadeia.

O rabino foi preso no dia 23 de março, segundo a polícia norte-americana, após ter sido flagrado pela câmera da loja Louis Vuitton em West Palm Beach. Detido, foi fichado por furto, passou a noite em uma cela e foi liberado no dia seguinte depois de pagar fiança de US$ 3 mil.

Sobel afirmou ontem que "o acordo com a Justiça dos EUA foi humano".