Um casal de milionários acusado de manter duas mulheres indonésias como escravas foi preso ontem (24), por decisão judicial, em meio a alegações de que parentes das vítimas foram ameaçados e subornados para evitar o prosseguimento do caso. Varsha Mahender Sabhnani e o marido, Mahender Murlidhar Sabhnani, que administram um império internacional de perfumaria a partir de sua casa em Long Island (EUA), declararam-se inocentes durante o indiciamento por escravidão.
Promotores classificam as acusações contra o casal, cidadãos americanos de origem indiana, como "um verdadeiro caso de escravidão contemporânea".
O casal Sabhnani foi acusado na semana passada, depois que uma das empregadas, vestindo apenas calças e uma toalha, foi encontrada vagando do lado de fora de uma confeitaria. Autoridades concluíram que ela escapara do casal.
Segundo os promotores, as mulheres eram espancadas, escaldadas, forçadas a subir e descer escadas seguidamente e a tomar até 30 duchas em três horas - tudo, punições por supostas falhas.
Uma mulher disse ter sido cortada, atrás das orelhas, com um canivete e que ambas dormiam em colchonetes na cozinha. Recebiam tão pouca comida, alegam as vítimas, que roubavam alimento e escondiam dos captores.