Do cotidiano forense


18.05.07 |

* Ligação para a Polônia
 
O juiz gozador pede para a novel servidora da comarca interiorana fazer uma ligação. Fornece o número e diz tratar-se de uma chamada para a Polônia.

A funcionária pondera sobre a determinação do presidente do TJ proibindo ligações internacionais, mas, após insistência do magistrado ("aqui, as ordens quem dá sou eu...") resolve obedecer. Completada a ligação, corre do cartório para o gabinete dizendo:
 
- Doutor, consegui! E por sorte foi um brasileiro que atendeu !
 
Após rir à vontade, o juiz finaliza a "pegadinha" dizendo tratar-se apenas de um número de outro Estado...
 
* Telefonema de mãe

 
A audiência transcorre normalmente na Justiça do Trabalho de Caxias do Sul.  Durante o depoimento pessoal do reclamante, ouve-se tocar um telefone celular, quando, para surpresa dos presentes, o reclamante retira o aparelho do bolso e faz a seguinte exclamação: 
 
- "É minha mãe!" 
 
E ignorando os aspectos formais e solenes da audiência, atende a ligação. Todos assistem a cena, o juiz aparentemente está estupefato. 
 
Depois de uma breve conversa telefônica, o reclamante encerra a ligação. Após receber uma reprimenda de seu advogado para que desligasse o aparelho, o depoente olha para o juiz para continuar seu depoimento. O magistrado em tom semi-irônico ameniza: 
 
- "Ligação de mãe não podemos deixar de atender.." 
 
E neste clima, um tanto inusitado, prossegue a audiência.
 
* Qual é o gênero?
 
A autora da ação alega ter sido a "outra" do falecido e, por isso, busca metade da pensão da viúva. No depoimento pessoal, em comarca do norte gaúcho, a demandante insiste em falar em "meu gênero" para isso, "meu gênero" para aquilo. A repetição da expressão "meu gênero" leva o juiz a perder a paciência.
 
- Que "gênero", dona fulana! Eu não estou entendendo!
 
A escrevente atalha:
 
- Doutor, ela está querendo dizer genro! 
 
Não dá para evitar a risada geral.