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Publicado em 14.05.07
Por Ricardo André Zordan,
médico
Sou colorado. E sobre a notícia (Espaço Vital de 11.05) da gremista que matou o marido campeão do mundo, a chamada foi, no mínimo, tendenciosa.
Sugiro a reforma do título, em que pese mais a causa alcóolica e de agressividade do homem (colorado) do que a motivação passional clubística como causa do assassinato.
O estopim pode ter sido a discussão futebolística, mas o motivador da agressividade não pode ter sido este. O alcoolismo é muito mais preocupante e presente nas desgraças e dar margem e acirramento a desagregações por futebol como o fazem os programas esportivos do RS, em que se degladeiam Kennys irracionais contra cacalos sarcásticos - onde o resultado é um sentimento de ódio e maniqueísmo entre facções vermelhas e azuis - mais uma vez contribui para o crescimento da violência nos ônibus, trens e ruas do Estado.
Na chamada da matéria, os menos privilegiados intelectualmente (sem preconceito), irão tomar posição do morto (se forem colorados) ou da assassina gremista (talvez cansada de apanhar por motivos fúteis), ao invés de se debater o verdadeiro motivo do desfecho trágico.
(*) E-mail - [email protected]
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"Dona de casa gremista mata marido colorado após vitória do Grêmio sobre o São Paulo".