Confira o artigo do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, na edição desta sexta-feira (17), no jornal Zero Hora: É hora de banir os maus políticos


17.08.18 | Advocacia

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, teve artigo publicado na edição desta sexta-feira (17), no jornal Zero Hora. Na publicação, o dirigente comenta sobre a situação política do Brasil e lembra da importância do voto. Além disso, Lamachia fala da Campanha Vote Consciente promovida pela OAB. 

É hora de banir os maus políticos - Claudio Lamachia - Presidente nacional da OAB

Convém não esquecer que a corrupção na política, que levou figurões graduados aos tribunais - e alguns deles à condenação -, tem raízes históricas na negligência e/ou inconsciência com que parcela expressiva da população exerceu o voto. Nenhum dos políticos hoje presos chegou ao cargo que exercia por outra forma que não o voto.

Os partidos políticos, hoje submetidos ao descrédito, firmaram-se e ocuparam os principais postos da República pelo consentimento dos cidadãos. Pelo voto direto e secreto.

Enquanto a população não despertar para a realidade de que o voto é seu instrumento de exercício da cidadania, continuará a ser refém de quem elege. Uma escolha malfeita torna quem a faz refém de seu próprio equívoco por nada menos do que o espaço de um mandato.

Por essa razão, a OAB lançou campanha pública em defesa do voto consciente. Não nos cansamos de alertar o cidadão: o voto é sua maior arma; não erre a pontaria. Voto não tem preço: tem consequência. E a consequência de uma escolha malfeita é justamente a responsável por esta crise ética e moral que estamos vivendo.

A eleição é a oportunidade de banir os maus políticos da vida pública. Votar nulo ou branco é um desserviço à democracia.

O Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas são igualmente fundamentais na definição dos destinos do país. O papel do parlamento é tão importante quanto o do Executivo - e, de certa forma, ainda maior, na medida em que pode impugnar o presidente da República, sem que este tenha prerrogativa equivalente.

OAB não tem partido ou ideologia. Nosso partido é o Brasil e nossa ideologia a Constituição. Não temos qualquer outro vínculo ou compromisso - e estes bastam para nos manter atentos e inseridos na cena pública, como tribuna da cidadania brasileira.

Fonte: OAB/RS