“A advocacia brasileira deve se unir para acabar com a corrupção”, conclama Lamachia


13.08.15 | Advocacia

O dirigente também frisou os compromissos assumidos e cumpridos nos últimos oito anos, para que os novos advogados conhecessem como a atual realidade da OAB/RS foi construída coletivamente.

Em homenagem ao Dia do Advogado, foi realizada a Sessão Magna da OAB/RS, na noite desta terça-feira (11), no Teatro Bourbon Country, em Porto Alegre, o vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, se disse emocionado por estar na companhia de advogados importantes para a advocacia e cidadania, bem como por receber novos profissionais.

“Este é um momento de profundo simbolismo para nossa instituição, onde nós encontramos o presente de muitos ensinamentos, de muito respeito e de exercício ilibado da profissão; e o futuro, que está aqui hoje, e que saberá o que significa um ato como este que estamos realizando”, afirmou.

“Reconhecer a importância dos nossos advogados jubilados com 30 anos de profissão ou mais de exercício ético; dos nossos comendadores Oswaldo Vergara, a maior honraria da OAB/RS; do nosso advogado emérito, que nesta tribuna deu uma aula sobre o que significa a advocacia para o Estado Democrático de Direito; os sempre presidentes das subseções OAB/RS; e dos colegas que estão chegando na profissão. Homenagear todos esses agentes é algo muito sério”, continuou.

Após destacar a responsabilidade e o quão orgulhoso se sentia por participar dos momentos de entregas das distinções, Lamachia lembrou os ex-presidentes da OAB/RS Clea Carpi da Rocha, Fernando Krieg da Fonseca, Renato da Costa Figueira (jubilado, na ocasião, por 30 anos de exercício profissional) e Luiz Carlos Levenzon. “Em nome desses quatro eternos presidentes da Ordem gaúcha, a minha homenagem e a minha gratidão a cada um deles, que construíram essa verdadeira obra coletiva desde 2007”.

Lamachia também frisou os compromissos assumidos e cumpridos nos últimos oito anos, para que os novos advogados conhecessem como a atual realidade da OAB/RS foi construída coletivamente. “Quando assumimos a Ordem em 2007, afirmamos que os advogados teriam férias; que acabaríamos com a compensação de honorários; que a Ordem gaúcha teria suas finanças sanadas e uma sede própria que atendesse às necessidades da classe; que incluiríamos a advocacia no Simples; que extirparíamos do atual CPC o parágrafo 4º do artigo 20; que a contagem de prazos seria realizada em dias úteis; que investiríamos fortemente no Interior; e que resgataríamos a credibilidade da instituição. Todos esses compromissos foram cumpridos um a um”, enumerou.

Ao final, o vice-presidente nacional da OAB convocou a sociedade a refletir sobre a atual situação do Brasil e o que chamou de “crise ética sem precedentes”. “A advocacia brasileira deve se unir em torno de um único projeto para acabarmos definitivamente com a corrupção, passarmos a limpo nosso país. Temos que trabalhar para banir por completo da sociedade brasileira a falta de ética, de decoro e dos problemas que estamos vendo no dia a dia”, salientou.

“A história da OAB se confunde com a própria história do Brasil, todos sabemos disso. Sem advogado não há liberdade. Sem liberdade não há democracia. Sem democracia não há cidadania. Isso tem que ser reafirmado a cada novo momento. Nós temos que assumir esses compromissos”, concluiu.

Alysson Mainieri
Jornalista – MTB 17.860

Fonte: OAB/RS