Telefonemas reforçam tese da defesa para inocentar pedreiro acusado de estuprar e matar menina


08.06.07 | Criminal

A defesa não tem dúvida: na manhã de 3 de março, enquanto a menina Gabrielli Cristina Eichholz, de um ano e meio, era violentada e morta no templo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Joinville, o servente de pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário, 22 de idade, estava a dois quilômetros do local, ligando para um celular da família.

A tese da advogada Elizangela Asquel Loch se baseia em relatório de um telefone público, fornecido pela Brasil Telecom. Nele consta que alguém telefonou às 9h22min para a família. Para ela, as ligações são "importante elemento", pois o percurso a pé até a Igreja leva em média 30 minutos.

Na quarta-feira (06) no Foro de Joinville, foram tomados os depoimentos de oito testemunhas convocadas pela defesa.

Segundo a promotoria, o relatório da Brasil Telecom, não deve modificar o rumo dos trabalhos, uma vez que o documento não diz se foi Oscar o autor das ligações.

O relatório só deverá ser analisado quando os promotores cruzarem o horário da chamada com outras três informações: uma foto de Gabrielli viva, tirada por volta das 9h30min, o momento do sumiço, e a chegada ao hospital, às 10h05min. Até lá, a promotoria acata a tese de que Oscar é o autor do crime que confessou.

Entre as testemunhas ouvidas na quarta, está a dona de casa Selma Teresinha Pereira de Medeiros, 37 de idade, vizinha de Oscar em Joinville. Ela disse que entre 7 horas e 7h30min de 3 de março, quando capinava o quintal, viu o rapaz sentado na entrada de casa. (Com informações do jornal A Notícia).