Bertoluci manifesta preocupação com interdição da sede do IGP e atrasos em perícias


25.04.14 | Advocacia

O dirigente mencionou, entre as consequências, o prejuízo nos inquéritos policiais.

O presidente da OAB/RS, Marcelo Bertoluci, manifestou preocupação com as atuais condições de trabalho do Instituto Geral de Perícias do RS. O dirigente mencionou, entre as consequências, o prejuízo nos inquéritos policiais. "Estamos diante de mais um tentáculo da segurança pública do Estado atuando em condições precárias. O trabalho da perícia está fundamentado em estudos clínicos e laudos técnicos, ou seja, em tarefas extremamente científicas. É uma atividade que não pode ficar desamparada de recursos, de constante aprimoramento, de estrutura", avalia Bertoluci.

Na última semana, foram veiculadas informações acerca do atraso de mais de três mil perícias em apenas um dos departamentos do IGP (o setor de balística), em razão da interdição da sede do Instituto. O problema trouxe à luz outros obstáculos enfrentados no desempenho das atividades do órgão: espaços não projetados para as tarefas, dificuldades estruturais para a realização de vários tipos de exames e até mesmo para ter silêncio na hora de elaborar laudos.

Conforme Bertoluci, a Ordem gaúcha já oficiou o IGP requerendo informações oficiais sobre as dificuldades que estão ocorrendo. "Vamos requerer dados que nos permitam compreender a real situação em que a perícia criminal no Estado se encontra hoje". O presidente da OAB/RS considera que o caso inspira atenção. "Mais uma vez, estamos diante de uma situação que pode dizer muito sobre o caos que a segurança pública está mergulhada. Os órgãos competentes precisam estar atentos. Estamos falando de elucidação de homicídios, latrocínios, crimes que assombram a sociedade como um todo", alertou.

Camila Cabrera
Jornalista – MTB 16.528