Curso de Iniciação à Advocacia chega a mais de mil profissionais em todo o Estado

14.04.14 | Advocacia

O evento deste sábado (12), que lotou o auditório da OAB/RS, contou com a modalidade ESA EaD, sendo transmitido em tempo real pela internet.

Com a participação de dezenas de jovens advogados e mais de mil inscritos de todo o Estado, foi realizada na manhã deste sábado (12), a segunda edição do Curso de Iniciação à Advocacia. O evento, que foi promovido pela Comissão do Jovem Advogado (CEJA) e a Escola Superior de Advocacia (ESA), lotou o Auditório Guilherme Schultz Filho, na sede da Ordem gaúcha.

O curso também contou com a modalidade EaD, com transmissão em tempo real pela internet para os advogados. A gravação ainda poderá ser acessada no sistema da ESA.

Na abertura, o presidente da CEJA, conselheiro seccional Matheus Ayres Torres, destacou a importância da Comissão no acolhimento dos novos profissionais que estão entrando nos quadros da Ordem gaúcha, assim como salientou o sucesso do evento. "É uma honra realizar a segunda edição deste curso, que hoje conta com a participação de mais de 1.096 advogados que estão acompanhando este encontro em todas as regiões do Estado". Torres enfatizou, ainda, que "é fundamental que, principalmente os recém-formados, busquem a capacitação profissional. Por isso, montamos essas palestras, que agregam temas imprescindíveis para o dia a dia dos advogados".

O coordenador das subseções e presidente do OABPrev-RS, conselheiro seccional Jorge Fara, declarou "que é bom contar com a juventude da CEJA. "Este é um momento emblemático, pois, após percorrer as 106 subseções, hoje conseguimos implementar esta ferramenta de trabalho para diminuir a distância física que nos separa dos advogados que estão em diversas cidades de nosso Estado, resultando na participação de mais de mil colegas neste evento", declarou Fara.

O diretor-geral da ESA, conselheiro seccional Rafael Canterji, destacou que, além dos participantes presenciais, as palestras também estavam sendo transmitidas para diversas subseções do Interior do Estado. "Hoje temos a materialização de um sonho, em que conseguimos ter 1.096 inscritos oriundos de 82 subseções. Este é o resultado de uma obra coletiva. Com isso, estamos garantindo uma advocacia cada vez mais capacitada e ativa". O dirigente também abordou os cursos de capacitação que a ESA está oferecendo nas diversas áreas do Direito. Clique aqui e confira.

O presidente da OAB/RS, Marcelo Bertoluci, frisou que "no dia 11, nós celebramos os 82 anos de história desta entidade, em que os fatos protagonizados pela OAB se confundem com a história de nosso País. Hoje, estamos enfrentando os desafios do nosso tempo, e a Ordem gaúcha está aqui para acolher o advogado recém chegado à profissão e que está buscando um porto seguro. Por isso, quero referenciar cada um de vocês, lembrando que aqui é a casa da advocacia e trabalharemos sempre para levar informação, formação, e defender as nossas prerrogativas", afirmou.

O vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, ressaltou a importância de uma gestão compartilhada. "Este curso é de muita importância, sendo resultado de uma obra coletiva, pois, muitas vezes, o advogado que está no Interior não tinha a oportunidade de participar de encontros como este. Tenho muito orgulho de representar o RS no CFOAB e ver que o trabalho iniciado em 2007 vem dando frutos. A advocacia é um verdadeiro porto seguro da cidadania e, por isso, trabalharemos incansavelmente para levar conhecimento aos nossos profissionais e defender as nossas prerrogativas!", assegurou.

Paineis

Em seguida, o palestrante e integrante da CEJA, Orontes Mariani abordou o tema "Tributação de Sociedade de Advogados e do Advogado Autônomo". Em sua exposição, Mariani fez comparações entre o advogado autônomo e a sociedade de advogados, frisando questões como Simples Nacional, Imposto de Renda e ISSQN.

O presidente da Comissão de Previdência Social da OAB/RS, Alexandre Triches, explanou aos presentes sobre a importância de os advogados contarem com planos de previdência privada e pública e a atuação dos profissionais nos processos da área previdenciária, citando a importância do OABPrev-RS. Saiba mais clicando aqui.

A integrante da CEJA, Gabrielli Amaral de Souza, falou sobre as questões práticas entre os clientes e advogados, assim como analisou os contratos de honorários. Gabrielli salientou que a relação com o cliente sempre deve ser norteada pela ética profissional. Ela discorreu acerca da importância de sempre frisar a necessidade da fixação de honorários dignos. "Os nossos honorários tem uma razão alimentar, por isso, sempre devemos mostrar a Tabela da OAB, para que não fixemos valores irrisórios", registou a palestrante.

Após, o vice-presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), André Araujo, discorreu sobre um dos principais problemas envolvendo os desvios éticos relativos à publicidade na advocacia. "Temos que ter a consciência que a publicidade deve ter caráter informativo e não publicitário", salientou. Em seguida, Araujo também abordou os principais artigos da OAB que regulam o uso da propaganda na advocacia, assim como trouxe os parâmetros para a sua utilização correta.

O presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados (CDAP), Eduardo Zaffari, destacou que um dos principais focos da gestão da OAB/RS é a defesa das prerrogativas dos advogados, e que estes, podem contar com um plantão 24h. "Profissionalizamos ainda mais as nossas ações, por meio da criação da Procuradoria Regional das Prerrogativas, iniciativa inédita entre as seccionais, e que visa um atendimento profissional aos advogados", afirmou.

O tema "Gestão de Escritório" foi proferido pela conselheira seccional Mariana Levenzon. A palestrante destacou aspectos como conhecimento do mercado, inovação constante, e uma organização interna.

Encerrando os trabalhos, o presidente da Comissão Direito Agrário e do Agronegócio, conselheiro seccional Ricardo Alfonsin, falou aos jovens profissionais sobre a postura do advogado, audiência e sustentação oral. Alfonsin salientou que "é importante, ao longo do processo, enfatizar para o juiz os pontos específicos do processo, pois o detalhe é o que faz a diferença numa ação processual".

Liziane Lima
Jornalista – MTB 14.717