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NOTÍCIA

22.07.16  |  Trabalhista   

TST altera cláusula sobre acúmulo de folgas de empresa de transporte rodoviário do Rio Grande do Sul

Segundo decisão é nula a previsão em instrumento coletivo que admita a compensação de descanso semanal remunerado no período de até 30 dias, o qual permita jornada de trabalho superior a sete dias consecutivos.

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) anulou parte de cláusula de convenção coletiva dos trabalhadores de empresas de transporte rodoviário em Pelotas (RS) referente ao sistema de acúmulo de folgas. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), que interpôs o recurso ao TST, a cláusula permitia 20 dias corridos de trabalho sem descanso. Segundo a relatora do recurso, ministra Maria Cristina Peduzzi, é nula a previsão em instrumento coletivo que admita a compensação de descanso semanal remunerado no período de até 30 dias, o qual permita jornada de trabalho superior a sete dias consecutivos.

A cláusula fazia parte da convenção coletiva celebrada entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Pelotas e o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Pelotas em dissídio coletivo. O MPT recorreu ao TST argumentando que a garantia de repouso semanal remunerado tem caráter imperativo e coercitivo, e que a não concessão de folgas semanais coloca em risco a saúde do trabalhador e a segurança da sociedade. Ao analisar o recurso ordinário em dissídio coletivo, a ministra Peduzzi explicou que a possibilidade de compensação de horários mediante acordo ou convenção coletiva não implica liberdade negocial absoluta para os sujeitos coletivos. Isso inclui, de acordo com ela, respeitar parâmetros protetivos das relações de trabalho e do próprio trabalhador, como a tutela da saúde, higiene e segurança.

No caso julgado, a ministra observou que a cláusula previa uma espécie de compensação em que a duração do trabalho se estendia por sete dias consecutivos ou mais, com a posterior concessão do descanso semanal remunerado ou feriado trabalhado, o que resulta em um sistema de acúmulo de folgas. A decisão da SDC excluiu apenas a possibilidade quanto ao descanso semanal, mas não quanto aos feriados. A decisão foi unânime.

Processo: RO-5864-55.2015.5.15.0000

Fonte: TST

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