|   Jornal da Ordem Edição 4.281 - Editado em Porto Alegre em 19.04.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
NOTÍCIA

10.08.07  |  Advocacia   

Osvaldo Fernandes Vergara: uma figura de expressão no RS

Por Juliana Chaves,
da redação do JORNAL DA ORDEM

A Comenda Osvaldo Vergara, mais importante distinção prestada pela OAB-RS aos advogados e advogadas que por seu trabalho dignificam a classe, será o destaque de sessão magna a ser realizada no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa do Estado, amanhã (11) às 17h, alusiva ao Dia do Advogado.
 
O nome da honraria é uma distinção a uma figura de destaque no cenário da história gaúcha: o advogado Osvaldo Fernandes Vergara. Ele consagrou uma trajetória intelectual ao longo da vida. Professor de Português e Francês, político, escritor, delegado de polícia, presidente da OAB/RS, entre outras atividades que exerceu com sabedoria e competência marcaram sua carreira profissional.
 
Vergara nasceu no dia 11 de fevereiro de 1883, na cidade de Jaguarão (RS) onde passou parte de sua infância. Filho de Felisberto Fernandes Vergara e de Mercedes Espinosa Vergara, mudou-se para Pelotas, em 1890. Dois anos depois foi morar em Porto Alegre com o professor Ignácio Montana, que também era natural de Jaguarão.
 
Desde cedo Vergara já trabalhava como escriturário e guarda-livros da firma Franco e Ramos e Cia. A dedicação à língua portuguesa e o interesse pelo francês oportunizou Vergara a lecionar em ambas as áreas na Escola Brasileira. Em 1900 foi nomeado escriturário do Tesouro do Estado, após um concurso que o classificou em 1º lugar. Dois anos depois, ingressou no curso de Direito da Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre (atual Faculdade de Direito da UFRGS).
 
Tornou-se bacharel em Direito no dia 25 de dezembro de 1907 e um anos após a formatura começou a atuar como delegado de polícia em Porto Alegre. Em 1915,  foi nomeado para lecionar Português, Francês e escrituração mercantil na Escola Complementar de Porto Alegre (atual Instituto de Educação Flores da Cunha) e na Escola do Comércio de Porto Alegre (hoje Faculdade de Ciências Econômicas e Contábeis da UFRGS).   
 
Vergara também lançou alguns livros ao longo de sua vida. Como exemplos, a Consolidação das Leis Fiscais do Estado do Rio Grande do Sul, Questões Vernáculas, Prontuário do Regulamento do Imposto de Consumo, Problemas de Português e Comentários do Código do Processo Civil e Comercial do Estado do Rio Grande do Sul.
 
Trajetória política e profissional
 
Em 1926 o Rio Grande do Sul passou por um período de crise na pecuária, ao mesmo tempo em que o País observa a ascensão de Washington Luís à presidência do Brasil. Nesse mesmo ano, Vergara auxilia na fundação do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul. Em 1928, ele assume a presidência do Conselho Municipal de Porto Alegre, mantendo-se no cargo até 1930. Um ano depois, é eleito diretor da Sociedade Anônima Moinhos Rio-Grandenses e presidente da OAB/RS.
 
A gestão como deputado federal pelo Partido Social Democrático perdurou de 1947 a 1949. No ano de 1951 Vergara foi eleito presidente do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul. E, em 11 de agosto de 1967, recebeu da OAB/RS, a comenda de Advogado Emérito, sendo ele o primeiro membro a ser distinguido com essa homenagem. No mesmo ano, recebeu da Faculdade de Direito o título honorário de Mestre de Estudo. 
 
Aos 90 anos, vítima de infarto, Vergara faleceu no dia 30 de outubro de 1973, em Porto Alegre. Para homenageá-lo, a OAB/RS criou a Comenda Osvaldo Vergara, em 11 de junho de 1975. Essa comenda tem por finalidade agraciar advogados que prestaram serviços relevantes à Ordem e à classe.

VEJA FOTOS DE OSVALDO VERGARA

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Fontes: pesquisa da professora Dr. Luiza Horn Iotti da Universidade de Caxias do Sul; Centro de Ciências Humanas e da Comunicação; Departamento de História e Geografia.
 
Bibliografia:
 
* Atlas Histórico Brasil 500 anos. Istoé. São Paulo: Três S/A, 2000.
 
* CHIES, Guiomar. Os poderes fazem história. Caxias do Sul: Evangraf, 1999.
 
* COGGIOLA, Oswaldo. Governos militares na América Latina. São Paulo: Contexto, 2001. 121p. (Repensando a História do Brasil).
 
* FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 1996.   
 
* LIMA, Affonso Guerreiro. Cronologia da História Rio Grandense. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1936.
 
* PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997. 142p. 8° Ed. (Série Revisão, 1).
 
* Fotografias cedidas pela Universidade de Caxias do Sul

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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