Decretada a prisão preventiva de PM acusado de assassinar advogada


18.04.07 | Criminal

A juíza Helícia Vitti Lourenço, da comarca de Tabaporã (a 643 km de Cuiabá-MT), decretou ontem a prisão preventiva do policial militar Valtencir Moreira da Costa, conhecido como ‘Dudu’, principal suspeito de assassinar a advogada Andrea Furtado Pereira, 29 de idade.

O crime aconteceu na segunda-feira (16), por volta de 12h30, no escritório da advogada, localizado no Centro de Tabaporã. Ela foi alvejada com três tiros à queima-roupa e morreu cerca de uma hora depois de ser baleada. 

As investigações apontam que o soldado teria se vingado da advogada, contratada pela esposa do PM para cuidar do processo de separação de corpos. Na semana passada a Justiça concedeu liminar favorável à esposa de Valtencir, o que teria motivado o soldado a assassinar a advogada. 

A mulher do policial, Zélia Gomes Pereira, afirmou que Valtencir iria comparecer nesta segunda-feira ao escritório de Andrea para resolver questões a respeito da separação. Depois de já ter tomado conhecimento do crime, Zélia recebeu uma ligação do marido, que perguntou “você está feliz agora, tá bom assim pra você? (sic)”. 

Questionado na delegacia de polícia sobre a autoria do homicídio, o policial chorou e disse que “amava muito sua família”. 

A testemunha Ana Cláudia Teixeira Borges, que trabalha com a advogada, reforçou os fortes indícios de autoria delitiva, pois confirmou a suposta reunião marcada para segunda-feira e a periculosidade do policial militar.   

“O crime aconteceu à luz do dia, dentro do ambiente de trabalho da vítima (escritório de advocacia), no centro da cidade de Tabaporã, colocando e expondo toda a sociedade a perigo concreto abalando indubitavelmente a ordem pública, quando da execução “a sangue frio” com tiros, da advogada que no exercício de sua profissão, exercia seu munus", destacou a juíza Helícia Vitti Lourenço. 

Andrea estava no início de sua carreira como advogada, pois havia passado no Exame de Ordem no ano passado. Em 2005, ela trabalhou como escrivã no Foro de Tabaporã. (Com informações do TJ-MT).