|   Jornal da Ordem Edição 4.266 - Editado em Porto Alegre em 28.03.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
|   Art. 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Constituição Federal, 1988
ARTIGO

17.05.10  |  Pedro Zanette Alfonsin   

Membros da Comissão do Jovem Advogado poderão publicar artigos científicos no Jornal da Ordem

A OAB/RS, por meio da Comissão Especial do Jovem Advogado (CEJA) e Escola Superior de Advocacia (ESA), disponibilizará um espaço no portal de notícias jurídicas “Jornal da Ordem” para veiculação de artigos científicos produzidos por jovens profissionais que integram a Comissão e os Grupos de Estudo da CEJA.

Os artigos científicos serão publicados, inicialmente, a cada 15 dias, e passarão pela avaliação da ESA antes de sua divulgação.

 O primeiro texto a ser publicado foi produzido pelo presidente da CEJA, Pedro Alfonsin, no qual faz uma reflexão sobre o futuro da advocacia. (Confira abaixo)

 Alfonsin ressalta, ainda, que a Comissão está sempre de portas abertas para receber os profissionais que tiverem interesse em participar dos Grupos de Estudo da CEJA.

Os advogados que desejarem se inscrever nos grupos devem enviar e-mail com suas áreas de interesse para o membro da CEJA Felipe Ferraro, através do endereço [email protected].
 
Confira a relação dos grupos de estudo:
 
1 - Processo Civil
2 - Direito Civil
3 - Direito Criminal e Processual Penal
4 - Direito do Trabalho
5 - Direito Societário e Recuperação de Empresas
6 - Direito da Informática
7 - Direito Ambiental
8 - Direito do Consumidor
9 - Direito Tributário
10 - Direito de Família e Sucessões
11 - Direito Previdenciário
12 - Direito Administrativo
13 - Direito Constitucional
14 - Direito Desportivo
15 - Direito Médico
16 - Propriedade Intelectual
ARTIGO: Reflexões sobre a advocacia de amanhã

Inaugurando o espaço no Jornal da Ordem dedicado a artigos de jovens advogados gaúchos, que será preenchido por membros da Comissão do Jovem Advogado, sempre com temas do interesse da classe jurídica, na condição de presidente da CEJA me coube a missão de propor aos colegas reflexões sobre o futuro da advocacia.
 
Para se analisar o futuro, é crucial que nós enfrentemos questões vividas pela classe no presente. Fruto de uma reconhecidamente equivocada política educacional, muito mais preocupada em atender interesses outros que os pedagógicos, o Brasil experimentou nos últimos anos a realidade da abertura indiscriminada de cursos de Direito Brasil afora, que vieram a se somar às dezenas de faculdade que já existiam.

A boa notícia é que, atualmente, embora tardiamente, o Ministério da Educação e Cultura, o mesmo que aprovara a criação desse sem-número de cursos jurídicos no país – na maioria das vezes contrariando parecer exarado pela Ordem dos Advogados do Brasil, a quem cabe opinar sobre a abertura de cursos de direito no Brasil –, passou a discutir o cancelamento de parte deles, diante do baixíssimo nível apresentado pelos seus alunos e pela insistência de dirigentes da OAB.

Dito isso, é importante salientar que, paradoxalmente, jamais o Brasil precisou tanto da advocacia para a defesa de suas instituições, existindo um clima para diminuir as garantias individuais, em atos que afrontam o estado democrático de direito, sendo papel do advogado exercer esta defesa, tanto no âmbito do cidadão, como da sociedade.

A nova realidade trazida pelo processo eletrônico, já presente nos dias de hoje, que ainda carece de um aperfeiçoamento e amadurecimento, somada às constantes modificações legislativas que resolvem extrajudicialmente conflitos, como no caso de direito de família, modificarão o dia-a-dia da profissão, exigindo do advogado uma adequação.

Além do perfil litigioso, cada vez mais a imagem do advogado estará ligada a questões consultivas de negociação, com o perfil de conciliador.

Nota-se, por outro lado, o crescimento da complexidade das relações jurídicas em todos os níveis da sociedade, o que obriga o advogado, assim como os demais operadores do direito, a estar doutrinariamente preparado para tais desafios.

Reitera-se que ao longo da história sempre coube e caberá aos advogados a tarefa intransigente de gritar contra os desvios que colocam em risco o Estado de Direito, empreitada em que devemos nos lançar toda a vez que a nossa sensibilidade identificar o mais singelo espoco de abuso, matando-o no nascedouro.

Conclui-se, portanto, que o advogado iniciante que se mantiver doutrinariamente atualizado e profundamente envolvido na defesa da sociedade civil tem sim excelentes possibilidades de desenvolver uma belíssima carreira.

Pedro Zanette Alfonsin (OAB/RS 65.774) - presidente da Comissão Especial do Jovem Advogado

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